Cheiro da vagina: afinal, qual o cheiro normal da vagina?

O nosso corpo está constantemente se comunicando através de sinais e na região íntima não é diferente. O cheiro normal da vagina possui um caráter único e natural, que não tem relação nenhuma com falta de higiene ou presença de infecções. Entretanto, o odor vaginal ainda é um tabu na sociedade, podendo ocasionar vergonha ou constrangimento em mulheres e pessoas com vagina. Por isso, é essencial que todos conheçam as características do cheiro da vagina, como mantê-lo saudável e os indicadores de possíveis alergias e infecções. Pensando nisso, preparamos o conteúdo a seguir. Confira e boa leitura!

Ter odor na vagina é normal?

Sim. Ter odor na vagina é completamente normal e, inclusive, é saudável. Na região vaginal estão presentes lactobacilos que ajudam a proteger o corpo de infecções e que, durante os seus processos de renovação celular, liberam secreções e odores — o chamado cheiro normal da vagina.

Mas qual o cheiro normal da vagina? Esse odor costuma ser leve e é um sinal de que está tudo bem com seu organismo. Além disso, durante o ciclo menstrual, é comum que a intensidade do cheiro da vagina sofra modificações, se tornando mais forte durante a ovulação.

Qual o cheiro saudável da vagina? Ele é igual para todo mundo?

O cheiro da vagina é particular de pessoa para pessoa, pois se trata de uma reação fisiológica do corpo humano, o que implica dizer que não existe um cheiro certo ou errado.1,2

Além disso, o cheiro também pode mudar ao longo da vida de uma pessoa. A flora vaginal – e, portanto, seu odor – muda com as alterações hormonais ao longo do ciclo menstrual, a presença de sangue durante os períodos, o uso de contraceptivos hormonais, a atividade sexual, assim como a dieta e o exercício3.

Sendo assim, ao se perguntar qual cheiro da vagina é saudável, é preciso praticar o autoconhecimento e se atentar às alterações durante o mês, para que assim seja possível identificar possíveis problemas na região vaginal.

Quando o odor na vagina se torna um sinal

Para saber se o odor da vagina é um sinal de que algo no seu corpo não está indo bem, é preciso prestar atenção às suas características:
Confira alguns sinais que o corpo apresenta quando a saúde vaginal está afetada e demanda cuidados4:

  • Mau Cheiro nas partes íntimas (também conhecido como cheiro de ‘peixe podre’) ou cheiro muito forte
  • Coceira;
  • Inchaço e vermelhidão
  • Ardência ao urinar;
  • Incômodo ou dor na relação sexual;
  • Corrimento vaginal acinzentado, esbranquiçado ou amarelo-esverdeado.

Nos casos onde esses sinais estão presentes, é possível que o corpo esteja indicando um desequilíbrio na flora vaginal e, por essa razão, é necessário procurar um ginecologista para avaliar o quadro, pois pode ser uma infecção vaginal.

O cheiro desagradável da vagina acompanhado de ardência, coceira ou corrimento alterado deve ser observado.

O que causa o mau cheiro na vagina?

Alguns hábitos podem gerar uma alteração do cheiro da vagina e, sabendo deles, você pode prevenir um possível mau cheiro inconveniente:

Vestimentas, uso de absorventes e suor

Alguns hábitos como ficar muito tempo sem trocar a calcinha, usar roupas apertadas, ficar com biquíni/outras roupas molhadas por muito tempo podem ser prejudiciais para a saúde da vagina.

O uso prolongado de protetor diário e absorvente também pode colaborar para o desequilíbrio do pH vaginal e, consequentemente, o surgimento de infecções vaginais.

Isso porque essas ações deixam a região vaginal abafada e úmida, sendo um ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias, que causam, por exemplo, a Candidíase ou Vaginose.

O suor também pode alterar o cheiro da vagina, assim como nas outras partes do corpo, principalmente porque nesse caso o fluido leitoso das glândulas que provocam o suor na virilha se encontram com a flora bacteriana da vagina3.

Dessa forma, é recomendado que as mulheres e pessoas com vagina mantenham a região íntima limpa e seca. Porém, é preciso ficar atento para não praticar higienizações exageradas, como duchas vaginais ou limpeza com sabonetes super perfumados, que alteram a microbiota vaginal e prejudicam a saúde íntima.

Alimentação

A dieta também é um importante fator de alteração do cheiro da vagina. A razão para isso é que alguns alimentos podem aumentar o nível de acidez ou até mesmo adocicar o cheiro vaginal.

Normalmente, alimentos que no geral possuem um odor mais forte, como especiarias e temperos como o alho e a cebola, costumam deixar a vagina também com um cheiro forte.

Já o consumo de carne, laticínios e álcool também pode contribuir para um odor mais forte e ácido. Frutas cítricas, por sua vez, podem adoçar o cheiro e o sabor dos fluidos vaginais.

Para um cheiro vaginal mais neutro e suave, uma opção pode ser o consumo de alimentos verdes e saudáveis, como legumes. Uma dieta inteiramente baseada em vegetais e com redução do consumo de carne é muito interessante nesse sentido5.

Atividade sexual

Introduzir objetos estranhos que interagem com os genitais de outra pessoa, como um brinquedo sexual compartilhado ou parte do corpo, pode afetar o pH vaginal e, portanto, o cheiro da vagina. A saliva também pode alterar o equilíbrio do pH vaginal, assim como o sêmen, que é alcalino6.

Não trocar o absorvente por longos períodos pode intensificar o cheiro da vagina.

Ter odor vaginal é sinônimo de falta de higiene?

Não. Ter odor vaginal é normal e saudável, pois, como mencionado anteriormente, existem muitos cheiros naturais dessa região que não causam nenhum prejuízo às mulheres e pessoas com vagina.

Por essa razão, não é preciso adotar práticas que desregulam o pH vaginal e, consequentemente, o cheiro da vagina, para tentar eliminar o odor natural presente na região íntima.

Na realidade, a limpeza excessiva e a utilização de outros meios para amenizar o cheiro da vagina (como colônia, desodorante e perfumes íntimos) pode ser condutor de uma infecção na região, que causa coceira e odor vaginal desregulado.

Odor vaginal na menopausa

Sobre o odor vaginal na menopausa, é possível dizer que o corpo das mulheres e pessoas com vagina produz uma quantidade menor de estrogênio quando comparado ao resto da vida, o que implica numa redução da fertilidade e das secreções vaginais.

Além disso, é comum que nesta fase da vida quadros de incontinência urinária8 sejam desenvolvidos, o que implica em uma mudança direta na saúde da vagina, podendo causar coceira e odor vaginal.

As alterações hormonais decorrentes da menopausa também causam mudanças no pH vaginal, o que também pode contribuir para um odor mais forte. Para amenizar o odor vaginal na menopausa, é possível adotar os mesmos cuidados que deve praticar durante toda a vida para garantir uma saúde íntima.

O que fazer para tirar o mau cheiro das partes íntimas?

É possível tomar algumas medidas para prevenir o cheiro forte da vagina. Por exemplo:

  • Higienizar as mãos quando realizar a troca de absorventes;
  • Utilizar roupas íntimas largas e de algodão;
  • Higienizar a vulva com sabonetes íntimos adequados;
  • Utilizar os dedos para afastar os grandes lábios durante a higienização vulvar para garantir um melhor resultado;
  • Não realizar duchas vaginais ou lavagens internas;

A higiene apenas da vulva no banho não prejudica o cheiro da vagina, que é natural.

Conheça seu corpo e cuide dele

O corpo de cada pessoa apresenta sinais únicos de um bom ou mau funcionamento. Portanto, é preciso praticar o autoconhecimento e conseguir identificar o que é natural do seu corpo e o que não é, sem deixar que fatores culturais interfiram no seu bem-estar #SemTabu.

Dessa maneira, é preciso se atentar às características do seu odor vaginal e as alterações sofridas durante o ciclo menstrual, pois, assim, será possível identificar infecções bacterianas e proliferação de fungos para, assim, buscar mais informação ou ajuda médica especializada. Não é preciso ter medo, #VaiFicarTudoBem.

E, caso perceba uma alteração excessiva no cheiro da vagina ou cheiro desconfortável junto com um corrimento acinzentado, pode ser o seu corpo dando um sinal de alerta da Vaginose. Mas não é preciso ter medo, #VaiFicarTudoBem. A boa notícia é que os sintomas da vaginose podem ser facilmente tratados com Gino-Canesten® Balance, que não necessita de receita médica. Viu como é fácil e libertador falar de saúde íntima #SemTabu?

Referências:

  1. Healthline. How to Get Rid of Vaginal Odor. Disponível em: www.healthline.com/health/womens-health/how-to-get-rid-of-vaginal-odor. Acessado em Fev 2022
  2. Drauzio. Odor Vaginal: Por que ainda o tememos? Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher-2/odor-vaginal-por-que-ainda-o-tememos/
  3. Healthline. Molasses to Pennies: All the Smells a Healthy Vagina Can Be. Disponível em: www.healthline.com/health/womens-health/vagina-smells.
  4. Clínica Rubens do Val. Odor Vaginal: quando é normal e quando é preocupante? Entenda! Disponível em: https://clinicarubensdoval.com.br/odor-vaginal-quando-e-normal-e-quando-e-preocupante-entenda/#:~:text=O%20odor%20vaginal%20%C3%A9%20algo,de%20intensidade%20em%20determinados%20momentos
  5. Flo. Vaginal Smell: Everything You Need to Know. Disponível em:www.flo.health/menstrual-cycle/lifestyle/hygiene-and-beauty/improving-vaginal-odor. Acessado em Fev 2022
  6. Healthline. 15 Reasons Why Vaginal Discharge Smells Different After Partner Sex and What to Do. Disponível em: www.healthline.com/health/healthy-sex/my-discharge-smells-like-my-boyfriend. Acessado em Fev 2022.
  7. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Incontinência urinária em mulheres no período pós-menopausa: um problema de saúde pública. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgg/a/7sjbbPyVfZ9DfNRVjY8JFSD/abstract/?lang=pt. Acessado em nov, 2022.
  8. Berlezi et al., Incontinência urinária em mulheres no período pós-menopausa: um problema de saúde pública. 2008

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