Os tipos de corrimento vaginal podem ser um grande tabu, já que a maioria das mulheres e pessoas com vagina passam pela experiência de ter corrimento mas nem sempre se sentem à vontade para compartilhar.

Existem vários tipos de secreções naturais que são produzidas pela vagina e não devem ser motivo de preocupação. Até mesmo o corrimento que apresenta alguma característica anormal não merece que fiquemos assustadas porque normalmente é um sintoma de uma infecção facilmente tratável.

Mas você sabe como diferenciar os tipos de corrimento vaginal? O que seria um corrimento normal? Quando é hora de prestar atenção aos sinais do nosso corpo?

Você pode aprender muito sobre os tipos de corrimento vaginal com a cor e consistência deles. Fino e claro ou esbranquiçado? É um bom sinal que está tudo bem. Espesso e pegajoso? Pode ser que sua menstruação esteja a caminho.

Já se ficar aguado e acinzentado, espumoso e verde-amarelado, ou grosso e irregular, pode ser que você precise de cuidados para lidar com uma infecção da qual não é preciso ter medo!

Para saber mais sobre os tipos de corrimento vaginal e desmistificá-los de uma vez por todas, continue acompanhando a leitura aqui com a gente 😊

O que é corrimento vaginal, afinal?

Todas as vaginas soltam uma secreção natural em maior ou menor quantidade diária que é completamente normal e, inclusive, saudável. Aquilo que entendemos como corrimento normalmente vem atrelado a ideia de fluidos vaginais negativos, de odor desagradável, mas essa não é uma realidade geral.

O corrimento pode ser sim um indicativo de alguma infecção vaginal e você deve se atentar a isso, principalmente se vier acompanhado de cores mais fortes, consistência mais espessa e odor forte.

Portanto, é preciso saber identificar os tipos de corrimento vaginal normais do organismo para não cair em velhos tabus.

Então é normal ter corrimento vaginal?

Sim, é normal! Assim como outras partes do seu corpo – como seus olhos produzindo lágrimas, por exemplo – sua vagina tem glândulas que produzem fluido para manter o pH e se livrar de qualquer coisa que possa irritá-la.

Além de protegê-la de bactérias prejudiciais e outros irritantes, o corrimento também mantém você lubrificada, que é necessário para prática sexual e para engravidar.

Além do mais, elas não falam sobre isso, mas sua irmã, sua tia... até as blogueiras, todas têm ou podem vir a ter algum tipo de corrimento vaginal. Então você está longe de estar sozinha.

Os tipos de corrimento vaginal normais podem ajudar inclusive na hora da atividade sexual e fecundação do óvulo.

Quais os tipos de corrimento vaginal e suas cores?

Normalmente, o corrimento é ralo e claro ou esbranquiçado, embora possa variar. Você pode notar que ele se torna rosado ou de tom marrom durante o seu período menstrual, por exemplo. Muitas vezes é espesso e pegajoso pouco antes e depois de ovular.

Secreções vaginais normais e cores do corrimento

As secreções vaginais são naturais do nosso corpo quando em idade fértil e variam conforme o ciclo menstrual. Apesar de as vezes serem incômodas, pois deixam nossa calcinha molhada, não merecem preocupação, pois são um sinal de que tudo está funcionando direitinho e não estão associadas a nenhuma infecção (quando não há nenhuma alteração).

Mas afinal, qual corrimento é normal? Quais são os tipos de corrimento vaginal e secreções mais comuns?

  • Seguida da menstruação: fluido reduzido, normalmente transparente. As vezes fica meio amarelo/marrom por conter um pouco de sangue.

  • No período fértil: fluido ralo e bem claro. Parece clara de ovo. Esse meio facilita a locomoção dos espermatozóides do parceiro.

  • Após o período fértil: fluido mais espesso e brando, às vezes um pouco amarelado. Significa que suas células de defesa estão fazendo uma “limpeza”.

  • Durante a relação sexual: quando estimulado, o organismo da mulher produz uma lubrificação que tem como objetivo facilitar a penetração, normalmente transparente.

Os tipos de corrimento vaginal podem se alterar durante o ciclo menstrual, como no período fértil, por exemplo.

Devo ver corrimento nas minhas roupas íntimas sempre?

A mulher e pessoa com vagina produz em média uma colher de chá cheia de corrimento por dia, mas você pode ter um pouco mais ou menos (ou às vezes até nenhum corrimento), e isso é totalmente normal.

Você pode tê-lo todos os dias, mas lembre-se, é seu corrimento, então a frequência e quantidade que seu corpo produz é pessoal e de acordo com o seu ciclo menstrual. Você pode ter mais corrimento quando estiver ovulando, ou se estiver usando métodos contraceptivos orais, por exemplo.

Mas meu corrimento mancha minhas roupas, isso é normal?

Dependendo da fase que você está em seu ciclo menstrual, o corrimento vaginal pode conter algum sangue que pode facilmente manchar sua roupa íntima. Se você quer proteger suas melhores roupas íntimas e calcinhas, pode optar por um protetor diário por exemplo (mas sempre cuidando para não usar por muito tempo para não deixar a região muito abafada).

Por que meu corrimento cheira?

Sua menstruação, o que você comeu, e até o sêmen do parceiro podem afetar o cheiro de seu corrimento por um curto período de tempo. Caso queira saber mais sobre o cheiro e odor vaginal, sem nóias e sem tabus, você pode ler mais aqui.

No entanto, se seu corrimento de repente começa a cheirar desagradável, forte, intenso ou ‘peixoso’, saiba que corrimento com mau cheiro normalmente é uma infecção vaginal, como a Vaginose Bacteriana.

Mas, calma! Essa infecção é comum e seus sintomas podem ser tratados com Gino-Canesten Balance®, um produto para saúde vendido sem receita médica.

Como me livro do corrimento?

A resposta simples é: você não se livra! O corrimento vaginal existe para livrar seu corpo de qualquer coisa que possa irritá-lo. Sem ele você estaria suscetível a infecções, e sua vagina ficaria seca, dolorida e desconfortável.

Não é necessário se livrar de todos os tipos de corrimento vaginal, pois os normais existem para proteger o seu corpo.

Mas e se a cor do meu corrimento mudar? Como eu sei se meu corrimento é anormal?

Um corrimento normal e saudável deve ter além da consistência mais líquida um cheiro leve e inofensivo. Assim, a cor, consistência e cheiro do seu corrimento podem ser um sinal de que tudo está saudável e normal, assim como também pode ser um dos principais sintomas de infecções vaginais que devem ser identificados.

A principal coisa a lembrar é que, se algo mudou, não ignore e espere que desapareça – é improvável que seus sintomas desapareçam magicamente. Confira abaixo alguns outros tipos de corrimento vaginal e suas características de cores e consistência:

  • Corrimento branco:

    Se o seu corrimento é fino, sem odor forte e entre uma cor clara até uma cor branco leitoso ou creme, não há necessidade de se estressar: são sinais positivos de que tudo está saudável e normal. O corrimento vaginal geralmente se torna um pouco mais espesso em diferentes momentos do seu ciclo mensal, e isso também é totalmente normal.

    No entanto, o corrimento semelhante ao queijo cottage, espesso, branco e irregular, é um dos principais sintomas de candidíase, juntamente com coceira e queimação intensas. Se tudo isso soa familiar, não se preocupe e definitivamente não se sinta envergonhada. A candidíase é incrivelmente comum e fácil de tratar em casa com Gino-Canesten®.

Tipos de corrimento vaginal: o corrimento branco espesso e irregular pode significar candidíase.

  • Corrimento cinza/ Corrimento Branco-acinzentado:

    Corrimento cinza esbranquiçado, às vezes um pouquinho amarelado também, com consistência pastosa/granulosa é um sintoma de uma infecção muito comum e facilmente tratável chamada Vaginose bacteriana (9).

    Na maioria das vezes está acompanhada de um cheiro desagradável, fétido ou com cheiro de peixe, que geralmente cheira pior após o sexo, especialmente se você teve relação sexual sem o preservativo.

    Você pode notar alguns outros sintomas leves, como um pouco de coceira ou irritação leve, mas geralmente não há outros sintomas. Ufa!

    Gino-Canesten® Balance trata os sintomas da Vaginose¹, como o cheirinho desconfortável já nos primeiros dias de tratamento, reequilibrando o pH vaginal e mantendo a flora vaginal saudável.

    Não tem 100% de certeza? Consulte o seu médico de confiança para avaliar esse e outros sintomas.

Tipos de corrimento vaginal: o corrimento acinzentado pode significar vaginose bacteriana.

  • Corrimento verde ou amarelo esverdeado:

    Corrimento espumoso (às vezes parece “pus”) e amarelo-esverdeado é um sintoma de uma infecção comum e facilmente tratável causada por Trichomonas vaginalis chamada tricomoníase ou clamídia.

    Seu corrimento pode ser amarelo escuro, verde-amarelado ou verde-acinzentado, e provavelmente presente em grande quantidade. Ele pode cheirar a peixe e sua vulva pode estar sentindo muita coceira também. Além disso,você pode ter uma sensação de queimação ao fazer xixi, e isso ocorre porque a infecção também pode afetar sua uretra (o canal pelo qual você faz xixi) e a bexiga. Se tudo isso soa familiar, não se preocupe e não se sinta envergonhada. Marque uma consulta com seu médico, que poderá confirmar e ajudar a resolver o problema.

Tipos de corrimento vaginal: o corrimento esverdeado pode significar a presença de uma IST, como a clamídia.

Além dessas cores de corrimento mais comuns como indicativo de possíveis infecções, ainda temos mais 2 outras cores para se atentar: o marrom e o rosa.

  • Corrimento marrom, vermelho ou corrimento rosa:

    O corrimento marrom é comum em alguns casos, como logo após o final da menstruação ou após a atividade sexual.

Tipos de corrimento vaginal: o corrimento marrom pode ser normal em certos períodos ou indicar a presença de uma infecção mais séria.

Isso porque no caso do período pré-menstrual existe a possibilidade de alguns coágulos ainda estarem presentes. Já no caso do contato íntimo, algum tipo de atrito pode provocar irritação.

No entanto, é preciso dedicar um pouco mais de atenção a ele do que a outros tipos de corrimento vaginal porque pode ser um indicativo de infecções e problemas de saúde mais sérios.

Há uma lista de possibilidades que variam de IST’s como a clamídia (10) até câncer de colo do útero, por isso a qualquer sinal de corrimento marrom e incômodo é recomendável que se procure um especialista.

Mas caso você esteja se perguntando o que pode ser um corrimento rosa, saiba que pode ser um sinal natural do corpo desde que não venha acompanhado de outros sintomas incômodos como irritação ou odor forte.

Nesses casos pode estar associado ao uso da pílula anticoncepcional, menstruação, ou ao corrimento que na verdade corresponde ao processo de nidação que acontece no começo da gravidez.

Notei os sintomas de Vaginose Bacteriana, e agora? O que é isso?

A vaginose é uma infecção vaginal com causa diferente da Candidíase. Enquanto uma é causada por fungos (Candida albicans), a Vaginose é causada por bactérias, principalmente pela Gardnerella vaginalis.

Como ponto em comum, tanto a Vaginose, quanto a Candidíase são resultado de um desequilíbrio na flora vaginal e do pH da sua vagina, que facilitam a proliferação indevida destes microrganismos.

Assim como a Candidíase, a Vaginose tem tratamento, mas não é o mesmo, viu? Por serem diferentes, com causas e sintomas diferentes, a candidíase deve ser tratada com um antifúngico como o Gino-Canesten® , enquanto os sintomas da Vaginose podem ser tratadas com o Gino-Canesten® Balance. Mas não se esqueça de consultar o seu médico para ter o diagnóstico certinho ok?

Ambos podem ser comprados sem receita médica e são tratamentos fáceis de usar no conforto da sua casa 😊

Desmistifique o corrimento vaginal

Se você chegou até aqui já deve saber a importância que o corrimento natural produzido pelo seu corpo tem na sua saúde íntima.

Por esse motivo, devemos falar abertamente sobre o assunto e quebrar mais esse tabu para que cada vez mais mulheres e pessoas com vagina possam se sentir confortáveis com processos perfeitamente naturais.

E, lembre-se, precisamos conhecer muito bem o nosso corpo, já que é importante diferenciar os tipos de corrimento vaginal.

Mas não se preocupe, mesmo que o seu corrimento não esteja normal, você pode tratá-los em casa e #VaiFicarTudoBem. Vem com a gente entender cada vez mais o seu corpo e viver uma vida #SemTabu!

Referências:

  1. Anderson M, Karasz A. Are vaginal symptoms ever normal? A review of the literature. Med Gen Med 2004; 6(4): 49
  2. Bouchemal K, Bories C, Loiseau PM. Strategies for prevention and treatment of trichomonas vaginalis infections. Clin Microbiol Rev 2017; 30(3): 811-25
  3. Brown H, Drexler M. Improving the diagnosis of vulvovaginitis: Perspectives to align practice, guidelines, and awareness. Popul Health Manag 2020; 23(Suppl 1): S3-S12
  4. Colver H, Malu M. Vaginal discharge: recommended management in general practice. Prescriber 2013; 24(5): 19-32
  5. FSRH Clinical Guideline. Management of vaginal discharge in non-genitourinary medicine settings. February 2012
  6. Gomez-Lobo V. Evaluation of vaginal discharge. 2018-08-16. Retrieved from https://bestpractice.bmj.com/topics/en-us/510, date accessed 2021-02-03
  7. Mizgier M, Jarzabek-Bielecka G, Mruczyk K, Kedzia W. The role of diet and probiotics in prevention and treatment of bacterial vaginosis and vulvovaginal candidiasis in adolescent girls and non-pregnant women. Ginekologia Polska 2020; 91(7): 412-6
  8. Neal CM, Kus LH, Eckert LO, Peipert JF. Noncandidal vaginitis: a comprehensive approach to diagnosis and management. Am J Obstet Gynecol 2020; 222(2):114-22
  9. NS CARVALHO et. al, Brazilian Protocol for Sexually Transmitted Infections 2020: infections causing vaginal discharge, 2021.
  10. R.M.W. Oliveira, CORRIMENTO VAGINAL: CAUSA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO FARMACOLÓGICO, Maringá, 2005.
  11. Sim M, Logan S, Goh LH. Vaginal discharge: evaluation and management in primary care. Singapore Med J 2020; 61(6):297-301
  12. Sobel JD, Hay P. Diagnostic techniques for bacterial vaginosis and vulvovaginal candidiasis – requirement for a simple differential test. Expert Opin Med Diagn 2010; 4(4): 333-41
  13. Taherali F, Varum F, Basit AW. A slippery slope: On the origin, role and physiology of mucus. Adv Drug Deliv Rev 2018; 124: 16-33
  14. Workowski KA, Bolan GA. Sexually transmitted diseases. Treatment guidelines 2015. MMWR Recomm Rep 2015; 64(3): 1-137

 

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